quinta-feira, 16 de junho de 2011

Primeiro beijo lésbico em emissora!!!


A emissora SBT fez  história na noite do dia 12 de Maio de 2011 na novela “Amor e Revolução”, exibiram o primeiro beijo de língua entre um casal do mesmo sexo na teledramaturgia brasileira.
O mérito vai para Silvio Santos, dono da emissora, que deu carta branca para a cena e também para Tiago Santiago, autor da trama. No capítulo desta noite, Marcela (Luciana Vendramini) diz a Marina (Gisele Tigre) que está apaixonada por ela e tasca um beijo na moça.
Beijos entre casais do mesmo sexo já aconteceram na tevê. Entretanto, em teledramaturgia, houve apenas selinhos. O primeiro foi entre Geórgia Gomide e Vida Alves no teleteatro “Calúnia” (1966).
Muitos anos depois, aconteceram os selinhos entre as personagens de Alinne Moraes e Paula Picarelli no último capítulo de “Mulheres Apaixonadas” (2003) e um beijo roubado pelo personagem de Guilherme Weber em Bruno Garcia na minissérie “Queridos Amigos” (2008).

Cerezo fala sobre sua filha Lea T: 'Ela não tinha nada a ver com futebol'




Toninho Cerezo, 56 anos, 39 dos quais dedicados ao futebol, se prepara para retomar sua rotina no mundo da bola. O técnico e ex-jogador da Seleção está há nove meses afastado após saber que seu segundo filho, Lea T, é transexual, uma notícia divulgada internacionalmente que mexeu com sua família.

Em entrevista ao LANCENET! Cerezo em sua casa em Belo Horizonte, contou como recebeu a novidade, ainda com a voz carregada de emoção. Católico, assim como o restante da família, falou do preconceito no esporte, admitiu que já desconfiava da situação sexual de Lea e confessou que está preparado para ouvir piadinhas: 'Já xingaram muito a minha mãe', diz em tom de brincadeira. Passado o turbilhão, faz planos para voltar à profissão.

Cerezo tirou um tempo para arrumar a vida. Teve que dar atenção à família e abaixar a poeira. O problema maior segundo ele foi da porta para fora de casa, com a repercussão da mídia.
Ele ainda acredita que o mundo do esporte está superando este tipo de preconceito. “ Na sociedade é um fato, politicamente está uma coisa aberta, clara. Teve essa votação no STF (sobre a união gay), não tem retorno e as pessoas não deixam de ser felizes por causa disso, mas eu não posso pensar pela cabeça dos outros. Eu nunca ouvi isso de nenhum dirigente, mas acredito que possam ter pessoas que pensem assim. É meu filho, aliás minha filha, meu sangue. Nunca me fez abaixar a cabeça, até porque fui criado no meio artístico, de mentalidade aberta, lógico que dentro de uma carapuça do mundo da bola. As coisas vão mudando para melhor. E eu também acompanhei isso, estive na Itália, viajando, rodando. Em se tratando de Lea é minha criatura, não tem como ser diferente. Talvez possa acontecer de eu estar trabalhando e alguém xingar, mas já xingaram tanto minha mãe. Isso pode acontecer e eu vou superar, porque a vida me deu muitas coisas maravilhosas, principalmente se tratando de família.”

                                                    Cerezo na foto
Numa entrevista, Lea disse que você não teria recebido bem sua condição.

“Não é isso. Às vezes as pessoas pensam por você. Tanto é que por eu ter sido criado numa diversidade tão grande, por via do mundo da bola, ser disciplinado e ter esse jeito assim mineiro, sempre escuto e dou um tempo. Até para pensar melhor e entender. Quando a Lea falou tudo, eu fui o último a ficar sabendo. Eu fui a última pessoa que ela chegou e falou, mesmo porque eu já sabia. Mas nunca questionei, nunca briguei. Mas eu achei melhor ela falar do que viesse da outra parte, como aconteceu. Depois ela viu que não existe problema de forma nenhuma. Acho que foi mais medo dela de contar, porque o pai é ex-jogador, a família, as tias, todo mundo católico demais. Só que o negócio veio tão forte, toda essa agitação, que era diferente de marcar alguém, de dar um passe, entrar dentro da área para cabecear ou sofrer uma crítica de um comentarista esportivo. Foi uma coisa completamente nova, então resolvi ouvir, ficar calado, porque precisava do meu tempo. Eu já imaginava. Entre os meus filhos, todos eles sempre souberam que sempre teriam o meu apoio, independentemente do que acontecer. Este assunto agora é superado, nem comentamos isso mais. Agora é a vez de a gente brincar com isso. Eu lembro uma vez que teve um clássico Corinthians x São Paulo e levei todos eles em campo. A Lea dormiu no jogo. Aí eu vi que ela não tinha nada a ver com futebol. Quando eles eram crianças eu os coloquei na escolinha de futebol, na época da Sampdoria. Ela ficou brincando de aviãozinho, nem aí para a bola.”

Lea T, filha de Cerezo na foto